quarta-feira, 19 de setembro de 2018

[Resenha] Admiravel Mundo Novo - Aldous Huxley



Editora: Globo
Páginas: 311

Nessa sociedade distópica todos são estimulados constantemente a serem felizes. O condicionamento obriga todos a amarem o que fazem para o resto de suas vidas. 
Todo o processo de criação (desde a fecundação até a decantação, ou seja, o nascimento) é feito em laboratório. São manipulados geneticamente para cumprir seu papel na sociedade. Divididos em castas, cada uma desempenha atividades diferentes. Existem os Alfas predestinados a serem líderes, comandantes, diretores. Passando pelos Betas, Gamas, Deltas e Ipsilons (geneticamente burros), estes fazem um trabalho serviçal, são criados, carregadores, etc. Nas castas mais altas, cada individuo é único. Os gamas, deltas e ipsilons são gerados de 8 a 96 gêmeos idênticos. Relações vivíparas (ter pai, mãe, filhos, casar-se ou apenas manter relações amorosas) são consideradas uma obscenidade grotesca. A única relação permitida é a sexual, quanto mais parceiros, melhor você é visto. Essa prática é condicionada desde a infância com jogos eróticos.
Somos apresentados a três personagens principais. Bernard, um alfa, que se questiona sobre a sociedade. É amargurado e deseja sentir mais do que apenas a felicidade cotidiana. Ela deseja sentir-se triste, sentir magoa e raiva. E para isso evita tomar o Soma, a droga da felicidade (que te leva de volta para seu estado de felicidade). Temos Lenina, também Alfa, que é um exemplo de cidadã e é realmente feliz cumprindo seu papel. É descrita muitas vezes como sendo muito bonita. Por último, John, intitulado de "o Selvagem". Ele vive na Reserva, que é uma civilização bastante parecida com a nossa. São como índios, praticam o Cristianismo mas também tem seus próprios deuses. Suas relações são vivíparas. Apesar de ter sido criado na Reserva, dentro da cultura "indígena", John sofre preconceito por ser diferente. Constantemente está só.



Minhas considerações: O começo do livro foi bem arrastado, até a página 80 mais ou menos, temos uma introdução quase sem fim que se faz necessária para podermos compreender esse universo mas que não deixa de ser chata. A leitura se desenvolveu melhor depois que os personagens principais foram apresentados mas ainda assim não me prendeu. Não consegui entrar na história, a sensação era que tinha um véu entre mim e o livro (por mais bizarro que pareça). Li primeiro "1984", outro clássico, então esperava bem mais desse. Acabei me decepcionando, não senti nenhuma conexão com os personagens. 

Numa sociedade onde todos são obrigados a estarem felizes constantemente, sempre tem alguém que não está feliz com a situação. Essa situação se parece bastante com a que vivemos atualmente.

Minha nota foi 3.

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